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Médicos incluem espiritualidade em tratamentos


Há uma revolução em curso na medicina que mudará para sempre a forma de tratar o paciente. Médicos e instituições hospitalares do mundo todo começam a incluir nas suas rotinas de maneira sistemática e definitiva a prática de estimular nos pacientes o fortalecimento da esperança, do otimismo, do bom humor e da espiritualidade.
O objetivo é simples: despertar ou fortificar nos indivíduos condições emocionais positivas, já abalizadas pela ciência como recursos eficazes no combate a doenças. Esses elementos funcionariam, na verdade, como remédios para a alma – mas com repercussões benéficas para o corpo. No Brasil, a nova postura faz parte do cotidiano de instituições do porte do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, da Rede Sarah Kubitschek e do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro, três referências nacionais na área de reabilitação física. Nos Estados Unidos, o conceito integra a filosofia de trabalho, entre outros centros, do Instituto Nacional do Câncer, um dos mais importantes pólos de pesquisa sobre a enfermidade do planeta, e da renomada Clínica Mayo, conhecida por estudos de grande repercussão e tratamentos de primeira linha.

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Publicado em Jornais e Revistas Espíritas, Mensagens (Diversos Espíritos), Reflexões

Tristeza

Não permitamos que a tristeza nos mergulhe na depressão.
A apatia é abismo profundo do sairemos apenas à custa de muito esforço.
Não nos entreguemos, inermes, aos problemas que nos rodeiam, ensimesmados na tristeza.
Os que se rendem ao desanimo transformam-se em pacientes psiquiátricos, vitimados por estranha anemia de ordem moral.
Quando sentirmos que a tristeza insiste em se demorar conosco, ocupemos as nossas mãos e a nossa mente no serviço do bem. deixemos a poltrona do comodismo e desintoxiquemo-nos no suor da caridade. Continuar lendo “Tristeza”

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Amizade

Flowers (241)“Ninguém tem maior amor do que este: de dar a Vida pelos seus amigos.” – Jesus,.(Jo., 15:13.)

Preciosa conquista, a amizade é o pólen do amor, a medrar onde quer que as flores do sentimento desabrocham na árvore generosa da dignidade humana.”(1)

Os sentimentos fraternos foram realçados pelo Apóstolo dos Gentios aos tessalonicenses(2) como pré-condição aos trabalhos na Seara do Cristo ao afirmar:

“Quanto à caridade fraternal, não necessitaria lhes escrever, visto que estão todos instruídos por Deus de que devem amar-se uns aos outros.”

Emmanuel(3) lança um questionamento direto:

“Que esperam os companheiros esclarecidos para serem efetivamente irmãos uns dos outros?”

Ele mesmo, mui austeramente responde à própria indagação:

“Muita gente se esquece de que a solidariedade legítima escasseia nos ambientes onde é reduzido o espírito de serviço e onde sobra a preocupação de criticar. Instituições notáveis são conduzidas à perturbação e ao extermínio, em vista da ausência do auxílio mútuo, no terreno da compreensão, do trabalho e da boa-vontade.

Falta de assistência? – Não.

Toda obra honesta e generosa repercute nos planos mais altos, conquistando cooperadores abnegados.

Quando se verifique a invasão da desarmonia nos Institutos do Bem, que os agentes humanos acusem a si mesmos pela defecção nos compromissos assumidos ou pela indiferença no ato de servir. E que ninguém peça ao Céu determinadas receitas de fraternidade, porque a fórmula sagrada imutável permanece conosco no sempiterno:

“Amai-vos uns aos outros.”

Tão bem compreendeu o valor e o impacto desse postulado que Paulo, o “Vidente de Damasco”, escreveu o seguinte apelamento: (4)

“Permaneça o amor fraternal.”

Emmanuel(5) , fiel discípulo do Doutor Tarsense, abrindo o leque de nosso entendimento, cavoucando as leiras evangélicas e extraindo de suas entranhas as gemas preciosas com o instrumental de seu irreprochável tirocínio, esclarece:

“Este apelo evangélico de Paulo reveste-se de imensa importância. As afeições familiares, os laços consangüíneos e as simpatias naturais podem ser manifestações muito santas da Alma, quando a criatura as eleva ao altar do sentimento superior, contudo é razoável que o Espírito não venha a cair sob o peso das inclinações próprias.

Por demasia de cuidados, inúmeros pais prejudicam os filhos. Por excesso de preocupações, muitos cônjuges descem às cavernas do desespero, defrontados pelos insaciáveis monstros do egoísmo e ciúme que lhes aniquilam a felicidade. Em razão da invigilância, belas amizades terminaram em abismos de sombras.

O equilíbrio é a posição ideal.

A fraternidade pura é o mais sublime dos sistemas de relações interpessoais.

O homem que se sente filho de Deus e sincero irmão das criaturas não é vítima dos fantasmas do despeito, da inveja, da ambição e da desconfiança. Os que se amam fraternalmente alegram-se com o júbilo dos companheiros; sentem-se felizes com a ventura que visita os semelhantes.

As afeições violentas, comumente conhecidas na Terra, passam, vulcânicas e inúteis…

Na teia das reencarnações, os títulos afetivos modificam-se constantemente. É que o amor fraternal sublime e puro, representando o objetivo supremo do esforço de compreensão, é luz imperecível que sobreviverá no caminho eterno.”

Pela Humanidade, Jesus fez tudo o que era possível em renúncia e dedicação. É impressionante a Sua imensa afeição pelas criaturas. Seu exemplo, seguido através dos séculos por abnegados discípulos, é sementeira de luz e reconforto ensejando o vicejar da vera fraternidade.

Atentemos para o depoimento do médium fluminense J. Raul Teixeira, inserto no livro do Dr. Miguel de Jesus Sardano, intitulado: “Nas Pegadas do Nazareno”:

“A História registra, com observações curiosas e importantes, uma realidade que não se pode esquecer ou menosprezar. Todos aqueles que se destacaram, singrando mares bravios, ou aqueles que desbravaram selvas, ou se tornaram heróis por vários motivos que os consagraram, e tantos que se santificaram no bem não o lograram sem a participação de outra Alma dedicada que os apoiou, sustentou, auxiliou, de alguma sorte…”

Temos desde Sancho Panza, no formoso romance de Cervantes, personificando o bom-senso realista ao lado do extremo idealismo de D. Quixote, até a excelente atuação de Anne Sullivan, mestra devotada da menina Hellen Keller que, aos dois anos de idade, ficara cega, surda e muda, transformando-se com a assistência de Sullivan, a “fazedora de milagre”, na expressão cinematográfica de Arthur Penna; numa mulher detentora de diversos títulos universitários, conhecida e festejada em todo o mundo.

Conhecemos as dedicações como a de Frei Leão para com o “paizinho seráfico”, Francisco de Assis, até o reforço tranqüilo e sem alarde de Amélie Boudet, a doce Gaby, ao gigantesco trabalho de seu esposo Allan Kardec.

Ao lado de Divaldo Pereira Franco, na condição de amigo, irmão, guardião e apoio, ergue-se uma figura que encanta pela simplicidade e amor ao trabalho, que sensibiliza por seu devotamento à obra que, juntos, fundaram, e por sua incansável versatilidade, atuando nos serviços de pedreiro ou gráfico, de carpinteiro ou eletricista, de mecânico de automóvel ou de pintor, unindo tudo isso à sua condição proeminente de pregador e doutrinador de largos recursos: Nilson de Souza Pereira.

Se não é fácil ser grande durante mais de meio século, diante de câmeras, de jornalistas, luzes, aplausos e pedradas públicos, igualmente não é simples o trabalho de firmar os alicerces, que ninguém vê, quando anseiam por aparecer, por projetar-se na claridade dos outros… Não é simples, também, o empenho de aprender a ouvir atencioso, quando se sabe também falar; não é banal a grandeza de renunciar à prática mediúnica na condição de médium ostensivo, para dedicar-se ao diálogo instrutivo e emocionante com aqueles tidos como mortos, mas que cantam ou choram, bendizem ou blasfemam no Além. Pois bem, o nosso Nilson escolheu tal posição adotando a humildade operosa como bússola para a sua Vida.

Ao levantarmos a voz para louvar a Deus pelos cinco decênios em que Divaldo espalha luz pela plagas distintas do mundo, não podemos silenciar quanto a esse apóstolo silencioso que lhe prepara o suporte, mantendo na retaguarda o grupo de trabalhadores em ação, em prece pelo amigo em contínuas viagens.

Quando conhecemos de perto a extensão e a importância da obra de Divaldo em Salvador; quando percebemos o papel de Nilson no seu plano de atividades, já não conseguimos pensar nela sem os dois que, embora distintos, se completam, nesse compromisso fulgurante com Jesus, que se espraia por cinco dezenas de anos, nas terras do Brasil, vitorioso e abençoado.”

“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a Vida pelos seus amigos.” 

1 – Victor Hugo/ Franco, D. P. in “Sublime Expiação”- livro 2º – Capítulo I

2 – I Tessalonicenses, 4:9

3 – Emmanuel/Xavier, F. C. in “Pão Nosso” – Capítulo 10

4 – Hebreus, 13:1

5 – Emmanuel/Xavier, F. C. in “Pão Nosso” – Capítulo 141

(Jornal Mundo Espírita de Setembro de 98)

Autor:  Rogério Coelho

Site:  Portal do Espírito

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A Lei do Progresso



(Lyon, 17 de setembro de 1862 – Médium: Sr. Émile V…) Nota: esta comunicação foi recebida na sessão geral, presidida pelo Sr. Allan Kardec.

Parece, se se considera a humanidade em seu estado primitivo e em seu estado atual, quando sua primeira aparição na Terra marcava seu ponto de partida e agora, que percorreu uma parte do caminho que leva à perfeição, parece, dizia eu, que todo bem, todo progresso, toda filosofia, enfim, não possa nascer senão do que lhe é contrário.

Com efeito, toda formação é produto de uma reação, assim como todo o efeito é gerado por uma causa. Todos os fenômenos morais, todas as formações inteligentes são devidos a uma momentânea perturbação da inteligência mesma. Apenas na inteligência dois princípios devem ser considerados: um imutável, essencialmente bom, eterno como tudo o que é infinito; outro temporário, momentâneo, simples agente empregado para produzir a reação de onde sai cada vez a progressão dos homens.

O progresso abraça o Universo durante a eternidade e jamais é tão espalhado como quando se concentra num ponto qualquer. Vós não podeis abraçar com o olhar a imensidade do que vive, conseqüentemente do que progride. Mas olhai em redor de vós: o que é o que vedes?

Em certas épocas – pode dizer-se em momentos previstos, designados – surge um homem que abre uma vida nova, que escarpa os rochedos áridos de que se acha semeado o mundo conhecido da inteligência. Por vezes tal homem é o último entre os humildes, entre os pequenos; contudo penetra nas altas esferas do desconhecido. Arma-se de coragem, pois esta lhe é precisa para lutar corpo a corpo com os preconceitos, com os usos herdados; é-lhe necessário para vencer os obstáculos que a má fé semeia sob seus passos, porque enquanto restarem preconceitos a derrubar, restarão abusos e interesses nos abusos; é-lhe necessário porque deve lutar ao mesmo tempo, contra as necessidades materiais de sua personalidade, e sua vitória , neste caso, é a melhor prova de sua missão e de sua destinação.

Chegado a este ponto, em que a luz se escapa forte do círculo do qual é o centro, todos os olhares se voltam para ele; ele se assimila todo o princípio inteligente e bom; reforma e regenera o princípio contrário, a despeito dos preconceitos, da má fé, das necessidades; chega ao seu objetivo, faz a humanidade transpor um grau e conhecer o que não era conhecido.

Tal fato já se repetiu muitas vezes e repetir-se-á muitas outras, antes que a Terra tenha atingido o grau de perfeição que convém à sua natureza. Mas, tantas vezes quantas forem necessárias, Deus fornecerá a semente e trabalhador. Este trabalhador é cada homem em particular, como cada um dos gênios que a ilustram por uma ciência às vezes sobre-humana. Em todos os tempos houve esses centros de luz, pontos de ligação; e o dever de todos é aproximar-se, ajudar e proteger os apóstolos da verdade. É o que o Espiritismo vem dizer ainda.

Apressai-vos, pois, vós todos sois irmãos pela caridade. Apressai-vos e a felicidade prometida à perfeição vos será concedida muito mais cedo.

Site: Centro Espirita Seara dos Pobres

Espírito Protetor

KARDEC, Allan, Revista Espírita (janeiro de 1863), página 26. São Paulo: Edicel, 1965.