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A importância da Religião na vida das pessoas!

LIBERDADE RELIGIOSA - UM DIREITO DE TODOS - Direito Nosso

Trazendo o conceito de religião para uma visão mais moderna, a palavra faz referência ao conjunto de crenças e visões do mundo que forma as noções de espiritualidade e de sagrado do ser humano. Sendo assim, corresponde ao conjunto de crenças que faz o ser humano acreditar na existência de uma entidade ou ser superior.

A religião é praticada pelo ser humano desde tempos antigos e era utilizada, muitas vezes, para explicar os fenômenos da natureza. Cada religião possui suas particularidades: suas histórias sagradas, seus símbolos, contos e seu próprio código de conduta. Apesar disso, os estudiosos da área conseguem identificar aproximações em diferentes religiões, como acontece no caso das maiores religiões monoteístas do mundo: judaísmo, cristianismo e islamismo. Continuar lendo “A importância da Religião na vida das pessoas!”

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Se Deus é todo-poderoso, por que permite o sofrimento?

Não culpe Deus por suas escolhas

Uma pergunta que nunca quer calar é esta: sendo todo-poderoso e onisciente, por que Deus não arruma um jeito de evoluirmos sem dor e sem sofrimento, sem tirar nosso livre-arbítrio?

A resposta mais simples seria pensar: se Deus só faz o melhor, é porque esta não seria a melhor forma de fazer a Criação. E como a realidade nos mostra a necessidade da evolução para chegarmos à divinização[1], é isto, também com certeza, o melhor.

Mas quase sempre esta resposta não é aceita, principalmente por que acreditamos em milagre.

E o milagre seria sempre Deus fazer por nós aquilo devemos fazer por nós mesmos. Já que pequenos milagres as igrejas afirmam que o Pai faz, por que não o milagre de nos criar perfeitos?

A verdade é o contrário: ao nos criar simples e ignorantes e permitindo que provoquemos nosso sofrer, nosso Pai deixa claro que não faz milagres.

E que temos sim que trabalhar e nos esforçar pela nossa evolução, equilíbrio e felicidade.

No final das contas, fazer-nos evoluir sem dor seria o mesmo que nos criar perfeitos.

  1. Ora, e por que Deus não nos cria perfeitos?

a)   Criando-nos perfeitos, seríamos tudo aquilo que o Pai quereria, e nunca teríamos vontade própria;

b)   Seria a Suprema Ditadura.

     2. Mas tendo a onisciência ele não poderia nos criar perfeitos e com vontade própria?

a)   Poder para isso ele tem. Mas poder fazer é diferente, já que não seria fazer o melhor, pois, como somos imortais, teríamos uma existência infinita. E o que iríamos fazer durante toda essa eternidade?

b)   Sendo tudo perfeito, somente Deus criaria e nós não teríamos o que fazer. Imaginou o tédio?

c)    Nós não teríamos o que fazer, pois não participaríamos com nosso Pai da eterna Criação. Seria o eterno ócio;

d)   E mesmo Deus não poderia ser feliz, por que só criar filhos perfeitos seria fazer sempre a mesma coisa de toda eternidade;

e)    Ainda, encher o infinito espaço da eterna Criação, nos criando perfeitos, seria o mesmo que criar infinitos preguiçosos, que nada teriam a fazer, a não ser ficar louvando a Deus. Poderia Deus ser tão vaidoso?

f)     Como, de toda eternidade, o Pai trabalha incessantemente, para sermos Deuses Filhos, perfeitamente semelhantes ao Deus Pai, temos que aprender, também, a trabalhar como ele;

g)   E tem mais: para ser supremo, e poder ser Deus, ele tem que ser único; só que para que seja assim, além de termos vontade própria que nos diferencie da dele, nos tornando também únicos, temos que ter a nossa própria capacidade criativa;

h)   Porém, criar significa fazer coisas novas, diferentes das de Deus, ou seja, também criarmos coisas diferentes das de Deus, mas também perfeitas, quando na perfeição e na divinização;

i)     Seria multiplicar o tédio ao infinito, pois além do Pai, todos nós ficaríamos por toda eternidade fazendo a mesma coisa.

j)     Só o processo de evolução pode gerar infinitas e diferentes coisas a fazer, tanto para Deus, quanto para nós;

k)   Para evoluir é preciso aprender e só aprende quem não sabe; Continuar lendo “Se Deus é todo-poderoso, por que permite o sofrimento?”

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Lei do Karma versus Lei de Causa e Efeito: entenda as diferenças.

Plantio e colheita. Todo dia colhemos aquilo que plantamos… | by ...

A Lei do Karma não é a mesma que a Lei de Causa e Efeito dos Espíritas?

l) De jeito nenhum. Apesar de falarem de reencarnação, são muito diferentes.

2) A Lei do Karma apenas olha para a reencarnação como um fenômeno punitivo e não evolutivo.

3) Para esta lei, só reencarnamos para deixarmos de errar, e nunca para aprendermos e evoluirmos.

4) Já a Lei de Causa e Efeito dos Espíritas, olha a reencarnação como um fenômeno que nos levará não só a aprendermos a corrigir nossos erros, mas também a crescermos evolutivamente, até nos tornarmos perfeitos, para então não precisarmos mais reencarnar, mas somente evoluir, até nos divinizarmos.

Não ficou claro quais são as diferenças de ordem social. Pode explicar?

1) A Lei do Karma deixa completamente de lado a prática da Caridade, ao aceitar que cada um deve aprender por si só considerando aqueles que ainda não conseguiram seres inferiores.

2) E isso chega a tal ponto que se chega a admitir que possamos voltar como animais.

3) Diz ainda que nossa condição social tem tudo a ver com nosso comportamento em outras encarnações.

4) Assim, quanto mais pobre e humilde é essa condição, maiores foram nossos erros no passado e menos dignos de felicidade nós somos.

5) Sendo assim indignos de qualquer atenção e ajuda social.

6) A coisa chega a tal ponto que a casta dos Intocáveis é constituída de pessoas impuras, a tal ponto, que os das outras castas não podem sequer tocá-las, pois são moralmente “sujas”;

7) Assim entendemos porque, apesar de Jesus ter deixado claro a Lei da Reencarnação quando aqui esteve, a espiritualidade não insistiu em fazer dela uma lei Cristã;

8) Se as Igrejas Cristãs abusaram de tudo o que o Mestre ensinou, podemos imaginar o que não teriam feito com a reencarnação, vendo o que aconteceu com os hindus. Continuar lendo “Lei do Karma versus Lei de Causa e Efeito: entenda as diferenças.”

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Versão Prática

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Visto que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual é a utilidade do ensinamento dado pelos Espíritos? Terão a nos ensinar alguma coisa a mais?

– A palavra de Jesus era frequentemente alegórica e em parábolas, porque falava segundo os tempos e os lugares. É necessário agora que a verdade seja inteligível para todo o mundo. É preciso bem explicar e desenvolver essas leis, visto que há tão pouca gente que as compreende e ainda menos que as pratica. Nossa missão é impressionar os olhos e os ouvidos para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipócritas: aqueles que tomam as aparências da virtude e da religião para ocultarem suas torpezas. O ensinamento dos Espíritos deve ser claro e inequívoco, a fim de que ninguém possa pretextar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com sua razão. Estamos encarregados de preparar o reino do bem anunciado por Jesus; por isso, não é preciso que cada um interprete a lei de Deus ao capricho de suas paixões, nem falseie o sentido de uma lei toda de amor e de caridade. (O Livro dos Espíritos – Questão 627)

Reconhecendo, embora, a alusão de Jesus aos povos de seu tempo, quando traçou a parábola do festim das bodas, recordemos o caráter funcional do Evangelho e busquemos a versão prática da lição para os nossos dias. Continuar lendo “Versão Prática”

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A razão de ser do Espiritismo

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Quando o obscurantismo da fé dominava as mentes, levando-as ao fanatismo desestruturador da dignidade e do comportamento; quando a cultura, enlouquecida pelas suas conquistas no campo da ciência de laboratório, proclamava a desnecessidade de qualquer preocupação com Deus e com a alma, face à fragilidade com que se apresentavam no proscênio do mundo; quando a filosofia divagava pelas múltiplas escolas do pensamento, cada qual mais arrebatadora e irresponsável, inculcando-se como portadora da verdade que liberta o ser humano de todos os atavismos e limitações; quando a arte rompia as ligações com o clássico, o romântico e a beleza convencional, para expressar-se em formulações modernistas, impressionistas, abstracionistas, traduzindo, ora a angústia da sua geração remanescente dos atavismos e limitações do passado, ora a ansiedade por diferentes paradigmas de afirmação da realidade; quando se tornavam necessários diversos comportamentos sociais e políticos para amenizar a desgraça moral e econômica que avassalava a Humanidade; quando a religião perdia o controle sobre as consciências e tentava rearticular-se para prosseguir com os métodos medievais ultramontanos e insuportáveis; quando as luzes e as sombras se alternavam na civilização, surgiu o Espiritismo com a sua razão de ser para promover o homem e a mulher, a vida e a imortalidade, o amor e o bem a níveis dantes jamais alcançados.

Realizando uma revolução silenciosa como poucas jamais ocorridas na História, tornou-se poderosa alavanca para o soerguimento do ser humano, retirando-o do caos do materialismo a que se arrojara ou fora atirado sem a menor consideração, para que adquirisse a dignidade ética e cultural, fundamentada na identificação dos valores morais, indispensável para a identificação dos objetivos essenciais e insuperáveis da paz interna e da consciência de si mesmo durante o trânsito corporal. Continuar lendo “A razão de ser do Espiritismo”

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Livre-arbítrio e Responsabilidade

O livre-arbítrio é a faculdade que tem o indivíduo de determinar a sua própria conduta – As Leis Morais – Rodolfo Calligaris

O livre-arbítrio, é a condição básica para que a pessoa programe a sua vida e construa o seu futuro entendendo, porém, que os direitos, limitações e capacidades individuais devem ser respeitados pelas regras da vida em sociedade.

Deus nos deu a liberdade e o livre-arbítrio como instrumentos de felicidade. A liberdade nos é concedida para que possamos ter uma visão mais lúcida de nós mesmos e das demais pessoas, de forma a discernir que papel devemos exercer na sociedade, quais são os nossos limites e possibilidades, assim como os dos semelhantes. Continuar lendo “Livre-arbítrio e Responsabilidade”

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Problemas do Mundo


Cap. VI – item 5
O mundo está repleto de ouro.
Ouro no solo. Ouro no mar. Ouro nos cofres.
Mas o ouro não resolve o problema da miséria.

O mundo está repleto de espaço.
Espaço nos continentes. Espaço nas cidades. Espaço nos campos.
Mas o espaço não resolve o problema da cobiça.

O mundo está repleto de cultura.
Cultura no ensino. Cultura na técnica. Cultura na opinião.
Mas a cultura da inteligência não resolve o problema do egoísmo.

O mundo está repleto de teorias.
Teorias na ciência. Teorias nas escolas filosóficas. Terias nas religiões.
Mas as teorias não resolvem o problema do desespero.

O mundo está repleto de organizações.
Organizações administrativas. Organizações econômicas. Organizações sociais.
Mas as organizações não resolvem o problema do crime.

Para extinguir a chaga da ignorância, que acalenta a miséria; para dissipar a sombra da cobiça, que gera a ilusão; para exterminar o mostro do egoísmo, que promove a guerra; para anular o verme do desespero, que promove a loucura, e para remover o charco do crime, que carreia o infortúnio, o único remédio eficiente é o Evangelho de Jesus no coração humano.

Sejamos, assim, valorosos, estendendo a Doutrina Espírita que o desentranha da letra, na construção da Humanidade Nova, irradiando a influência e a inspiração do Divino Mestre, pela emoção e pela idéia, pela diretriz e pela conduta, pela palavra e pelo exemplo e, parafraseando o conceito inolvidável de Allan Kardec, em torno da caridade, proclamemos aos problemas do mundo: “Fora do Cristo não há solução.”

Pelo Espírito de: BEZERRA DE MENEZES

Psicografia de: Francisco Cândido Xavier

Livro: O Espírito da Verdade

Site: Luz do Espiritismo – Grupo Espírita Allan Kardec

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Nunca a Sós

Não te creias em abandono, por mais rude te pareça a solidão e por mais doridas as provas que hoje te dilaceram…

Ninguém que espunja em regime de esquecimento.

Na tua soledade, onde as noites te parecem mais cruas e as provações mais exigentes, alguém participa da tua angústia acompanhando as penas que te convidam a reflexões profundas e diferentes.

Gostarias de privar, novamente, das primaveras abençoadas e ridentes em que os júbilos se te agasalhassem no coração, falando-te de sorrisos e de novas ilusões, já que supões encontrar nas quimeras o presente ditoso da vida.

Acompanhas com a alma em mágoa o sorriso que transita pelos lábios do mundo e sentes no imo o travo de inquietude e desesperação.

Desejarias, como eles, volver ao tumulto das horas vazias…

Percebes que te falam de alegrias que já não podes fruir.

Tens a impressão de que a liberdade que experimentam constitui o verdadeiro licor da vida.

No entanto, pára, medita, modifica o conceito.

Eles não são ditosos quanto gostariam.

Na Terra todos nos encontramos em regime de recuperação, em ministério reeducativo.

Nosso Planeta não é, por enquanto, o decantado Éden, tampouco o refúgio exclusivo da amargura.

Dor é prova. Sofrimento é desafio. Solidão é bênção.

Os que ora se encontram com aparência de felicidade volverão… Os que transitam em dor se recuperam e retornarão…

Todos marchamos para a liberdade. Não te detenhas na lamentação.

Não os invejes, a esses equivocados sorridentes, àqueles ansiosos que ignoram o amor em profundidade ou aos que vagueiam na busca do nada.

São crianças espirituais. Ama, confia desde hoje e espera mais.

Quem O visse em extremo abandono, dilacerado, esquecido, os braços rasgados em duas traves toscas, o coração lancetado, o olhar baço pelas lágrimas de sangue, e a coroa de espinhos infectos na cabeça sublime, não diria que Ele era o Governador da Terra e que, por amor, trocara as estrelas rutilantes pelas sombras do mundo, a fim de tornar-se para os tristes e confiantes, os sofridos e amantes uma via-láctea de redenção, pelos rumos do Infinito.

Confia nEle, alma sofrida, e não sofras mais, não te desesperes, nem te creias a sós.

Pelo Espírito de: Joanna de Ângelis

Site: Luz do Espiritismo – Grupo Espírita Allan Kardec
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Irresponsabilidade

Somos nós mesmos que fazemos os nossos caminhos e depois os denominamos de fatalidade.

Não é coerente que cada um de nós trabalhe para alcançar a própria felicidade? Não é lógico que devemos nos responsabilizar apenas por nossos atos? Não nos afirma a sabedoria do Evangelho que seríamos conhecidos, exclusivamente, pelas nossas obras?

Fazer os outros seguros e felizes é missão impossível de realizar, se acreditarmos que depende unicamente de nós a plenitude de sua concretização. Se assim admitimos, passamos, a partir então, a esperar e a cobrar retribuição; em outras palavras, a reciprocidade. Não seria mais fácil que cada um de nós conquistasse sua felicidade para que depois pudesse desfrutá-la, convivendo com alguém que também conquistou por si mesmo? Qual a razão de a ofertarmos aos outros e, por sua vez, os outros a concederem a nós? Por certo, só podemos ensinar ou partilhar o que aprendemos.

Assim disse Pedro, o apóstolo: “Não tenho ouro nem prata; mas o que tenho, isso te dou.”

Dessa maneira, vivemos constantemente colocando nossas necessidades em segundo plano e, ao mesmo tempo, nos esquecendo de que a maior de todas as responsabilidades é aquela que temos para com nós mesmos.

Os acontecimentos exteriores de nossa vida são os resultados direta de nossas atitudes internas. A princípio, podemos relutar para assimilar e entender esse conceito, porque é melhor continuarmos a acreditar que somos vítimas indefesas de forças que não estão sob o nosso controle. Efetivamente, somos nós mesmos que fazemos os nossos caminhos e depois os denominamos de fatalidade.

“Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? (…) são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?”, pergunta Kardec aos Semeadores da Nova Revelação. E eles respondem: “A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar (…) Escolhendo-a, instituiu para si uma espécie de destino…”

É inevitável para todos nós o fato de que vivemos, invariavelmente, escolhendo. A condição primordial do livre-arbítrio é a escolha e, para que possamos viver, torna-se indispensável escolher sempre. Nossa existência se faz através de um processo interminável de escolhas sucessivas.

Eis aqui um fato incontestável da vida: o amadurecimento do ser humano inicia-se quando cessam suas acusações ao mundo.

Entretanto, há indivíduos que se julgam perseguidos por um destino cruel e censuram tudo e todos, menos eles mesmos. Recusam, sistematicamente, a responsabilidade por suas desventuras, atribuindo a culpa às circunstâncias e às pessoas, bem como não reconhecem a conexão existente entre os fatos exteriores e seu comportamento mental. No íntimo, essas pessoas não definiram limites em seu mundo interior e vivem num verdadeiro emaranhado de energias desconexas. Os limites nascem das nossas decisões profundas sobre o que acreditamos ser nossos direitos pessoais.

Nossas demarcações estabelecem nosso próprio território, cercam nossas forças vitais e determinam as linhas divisórias de nosso ser individual. Há um espaço delimitado onde nós terminamos e os outros começam.

Algumas criaturas aprenderam, desde a infância, o senso dos limites com pais amadurecidos. Isso os mantém firmes e saudáveis dentro de si mesmas. Outras, porém, não. Quando atingiram a fase adulta, não sabiam como distinguir quais são e quais não são suas responsabilidades. Muitas construíram muros de isolamento que as separaram do crescimento e da realização interior, ou ainda paredes com enormes cavidades que as tornaram suscetíveis a uma confusão de suas emoções com as de outras pessoas.

Limites são o portal dos bons relacionamentos. Têm como objetivo nos tornar firmes e conscientes de nós mesmos, a fim de sermos capazes de nos aproximar dos outros sem sufocá-los ou desrespeitá-los. Visam também evitar que sejamos constrangidos a não confiar em nós mesmos.

Ser responsável implica ter a determinação para responder pelas conseqüências das atitudes adotadas.

Ser responsável é assumir as experiências pessoais, para atingir uma real compreensão dos acertos e dos desenganos.

Ser responsável é decidir por si mesmo para onde ir e descobrir a razão do próprio querer.

Não existem “vítimas da fatalidade”; nós é que somos os promotores do nosso destino. Somos a causa dos efeitos que ocorrem em nossa existência.

Aceitar o princípio da responsabilidade individual e estabelecer limites descomplica nossa vida, tornando-os cada vez mais conscientes de tudo o que acontece ao nosso derredor.

Escolhendo com responsabilidade e sabedoria, poderemos transmutar, sem exceção, as amarguras em que vivemos na atualidade. A auto-responsabilidade nos proporcionará a dádiva de reconhecer que qualquer mudança de rota no itinerário de nossa “viagem cósmica” dependerá, invariavelmente, de nós.

Espírito: HAMMED

Médium: Francisco do Espírito Santo Neto – As dores da alma.

Site: Luz do Espiritismo – Grupo Espírita Allan Kardec

“O Espiritismo é toda uma Ciência, toda uma Filosofia. Quem desejar conhece-lo seriamente deve pois, como primeira condição, submeter-se a um estudo sério e persuadir-se de que, mais do que qualquer outra ciência, não se pode aprendê-lo brincando.” – Allan Kardec

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Grupo de Estudos Allan Kardec

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Inveja 1ª Parte

O invejoso é inseguro e supersensível, irritadiço e desconfiado, observador minucioso e detetive da vida alheia até a exaustão, sempre armado e alerta contra tudo e todos.

A inveja sempre foi uma emoção sutilmente disfarçada em nossa sociedade, assumindo aspectos ignorados pela própria criatura humana. As atitudes de rivalidade, antagonismo e hostilidade dissimulam muito bem a inveja, ou seja, a própria “prepotência da competição”, que tem como origem todo um séqüito de antigas frustrações e fracassos não resolvidos e interiorizados.

O invejoso é inseguro e supersensível, irritadiço e desconfiado, observador minucioso e detetive da vida alheia até a exaustão, sempre armado e alerta contra tudo e todos. Faz o gênero de superior, quando, em realidade, se sente inferiorizado; por isso, quase sempre deixa transparecer um ar de sarcasmo e ironia em seu olhar, para ocultar dos outros seu precário contato com a felicidade.

Acreditamos que, apesar de a inveja e o ciúme possuírem definições diferentes, quase sempre não são diferenciadas ou corretamente percebidos por nós. As convenções religiosas nos ensinaram que jamais deveríamos sentir inveja, pelo fato de ela se encontrar ligada à ganância e à cobiça dos bens alheios. Em relação ao ciúme, os padrões estabeleceram que ele estaria, exclusivamente, ligado ao amor. É por isso que passamos a acreditar que ele é aceitável e perfeitamente admissível em nossas atitudes pessoais.

Analisando as origens atávicas e inatas da evolução humana, podemos afirmar que a emoção da inveja não é uma necessidade aprendida. Não foi adquirida por experiência nem por força da socialização, mas é uma reação instintiva e natural, comum a qualquer criatura do reino animal. O agrado e carinho a um cão pode provocar agressividade e irritação em outro, por despeito.

Nos adultos essas manifestações podem ser disfarçadas e transformadas em atos simulados de menosprezo ou de indiferença. Já as crianças, por serem ingênuas e naturais, mordem, batem, empurram, choram e agridem.

A inveja entre irmãos é perfeitamente normal. Em muitas ocasiões, ela surge com a chegada de um irmão recém-nascido, que passa a obter, no ambiente familiar, toda atenção e carinho. Ela vem à tona também nas comparações de toda espécie, feitas pelos amigos e parentes, sobre a aparência física privilegiada de um deles. Muitas vezes, a inveja manifesta-se em razão da forma de tratamento e relacionamento entre pais e filhos. Por mais que os pais se esforcem para tratá-los com igualdade, não o conseguem, pois cada criança é uma alma completamente diferente da outra. Em vista disso, o modo de tratar é consequentemente desigual, nem poderia ser de outra maneira, mas os filhos se sentem indignados com isso.

A emoção da inveja no adulto é produto das atitudes internas de indivíduos de idade psicológica bem inferior à idade cronológica, os quais, embora ocupem corpos desenvolvidos, são verdadeiras almas de crianças mimadas, impotentes e inseguras, que querem chamar a atenção dos maiores no lar.

O Mestre de Lyon interroga as Vozes do Céu: “Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas? E elas, com muita sabedoria, informam: “…Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade (…) São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos cheios de inveja…”

A necessidade de poder e de prestígio desmedidos que encontramos em inúmeros homens públicos nas áreas religiosa, política, profissional, esportiva, filantrópica, de lazer e outras tantas, deriva de uma “aspiração de dominar” ou de um “sentimento de onipotência”, com o que tentam contrabalançar emocionalmente o complexo de inferioridade que desenvolveram na fase infantil.

Encontramos esses indivíduos, aos quais os Espíritos se reportam na questão acima, nas lutas partidárias, em que, só aparentemente, buscam a igualdade dos “direitos humanos”, prometem a “valorização da educação”, asseguram a melhoria da “saúde da população” e a “divisão de terras e rendas”. Sem ideais alicerçados na busca sincera de uma sociedade equânime e feliz, procuram, na realidade, compensar suas emoções de inveja mal elaboradas e guardadas desde a infância, difícil e carente, vivida no mesmo ambiente de indivíduos ricos e prósperos.

Tanto é verdade que a maioria desses “defensores do povo”, quando alcança os cumes sociais e do poder, esquece-se completamente das suas propostas de justiça e igualdade.

Eis alguns sintomas interiorizados de inveja que podemos considerar como dissimulados e negados:

– perseguições gratuitas e acusações sem lógica ou fantasiadas;

– inclinações superlativas à elegância e ao refinamento, com aversão à grosseria;

– insatisfação permanente, nunca se contentando com nada;

– manifestação de temperamento teatral e pedantismo nas atitudes;

– elogios afetados e amores declarados exageradamente;

– animação competitiva que leva às raias da agressividade;

O caráter invejoso conduz o indivíduo a uma imitação perpétua à originalidade e criação dos outros e, como conseqüência lógica, à frustração. Isso acarreta uma sensação crônica de insatisfação, escassez, imperfeição e perda, além de estimular sempre uma crescente dor moral e prejudicar o crescimento espiritual das almas em evolução.

Espírito: HAMMED

Médium: Francisco do Espírito Santo Neto – As dores da alma

Site: Luz do Espiritismo – Grupo Espírita Allan Kardec