A vida é sempre vida seja qual for a forma através da qual se oculte. Já vivi como pedra, já vivi como planta, já vivi como homem, amanhã viverei como espírito, e, num futuro longínquo cuja época não me é dado precisar, viverei como vivem os anjos, os deuses.
Vim do pequeno, caminho para o grande. Meu passado é obscuro, meu futuro é brilhante. Sou imortal, porque um chispa do fogo eterno palpita em mim. A primeira e mais substancial das provas de minha imortalidade está no fato de viver neste momento e saber que vivo. Se vivo agora é porque vivi outrora e viverei sempre. Se noutras épocas tive outro nome, pertenci a outras raças, habitei outros países, falei outros idiomas, que importa? Nesse tempo vivi tão certamente como vivo hoje. O meu ser pensou, sofreu, gozou, sentiu, amou, tal como faz atualmente. Perdi minha individualidade? Não, porque minha individualidade é o meu ser, o meu “eu”, sede da minha inteligência, da minha razão, da minha consciência e dos meus sentimentos. Perdi, apenas, a personalidade, a forma, a aparência com que então me vesti. Continuar lendo “Evolução” →